7 – O Musical

Era uma vez…Amélia, Bianca, Rosa, Carmen, Odete, Clara, Senhora A…7 mulheres, 7 destinos, 7 mistériosEm um Rio de Janeiro encantado, seus caminhos se cruzam.São vítimas ou são algozes?Repetem o passado? Antecipam o futuro?7 cartas, 7 prendas, 7 dias…   Em 2007, após uma carreira de sucessos, com 14 espetáculos musicais, Charles Möeller e Claudio Botelho […]

Era uma vez…
Amélia, Bianca, Rosa, Carmen, Odete, Clara, Senhora A…
7 mulheres, 7 destinos, 7 mistérios
Em um Rio de Janeiro encantado, seus caminhos se cruzam.
São vítimas ou são algozes?
Repetem o passado? Antecipam o futuro?
7 cartas, 7 prendas, 7 dias…

 

Em 2007, após uma carreira de sucessos, com 14 espetáculos musicais, Charles Möeller e Claudio Botelho abriram as cortinas para seu primeiro espetáculo inteiramente autoral.

Com música escrita especialmente por Ed Motta, “7 – O Musical” foi um espetáculo totalmente inédito – texto, música e letras foram ouvidos e vistos pela primeira vez.

Sete anos se passaram desde que Ed Motta revelou aos diretores a vontade de compor para teatro. A ideia se concretizou e o resultado desta inédita parceria foi a estreia do compositor no teatro musical. Os temas de Ed Motta ganharam letras de Claudio Botelho e um texto inédito de Charles Möeller.

O musical reuniu elementos de conhecidas histórias dos irmãos Grimm, especificamente o drama de Branca de Neve, com uma visão contemporânea em clima noir e adulto – a história foi levada para um Rio de Janeiro de contos de fada, onde fazia frio nas ruas (e nas almas), onde havia mais noite do que dia, onde cartomantes eram bruxas e princesas eram suburbanas.

Demorou muito para montarmos exatamente do jeito que queríamos. A começar por um elenco especial: Alessandra Maestrini, Zezé Motta, Rogéria, Eliana Pittman, Ida Gomes, Alessandra Verney, Gottsha, Marya Bravo, Tatih Köhler, artistas de formação tão absolutamente diferente, que conseguimos juntar num elenco que considero dos mais especiais do teatro brasileiro dos últimos anos. Todas em papéis criados sob medida para suas personalidades, sendo que Zezé fazia em 7 a sua primeira vilã. A performance de Alessandra Maestrini no papel da protagonista/madrasta era de cair o queixo”, afirmou o diretor Claudio Botelho.

 

Enredo

Amélia (Alessandra Maestrini) perdeu seu grande amor, Herculano (Raul Veiga). Ele a trocou por outra, “mais bonita, mais pura, mais simples” – Bianca (Alessandra Verney). Desesperada, ela ouve os conselhos da madrinha, Dona Rosa (Eliana Pittman): que vá procurar uma cartomante, Carmem dos Baralhos (Zezé Motta), que dizem, sabe como ninguém das coisas do coração. Carmem é mais que vidente, é bruxa. Promete trazer Herculano de volta, sem erro nem demora. Mas para atingir seus objetivos, Amélia deve cumprir 7 tarefas.

As 6 primeiras são simples, fáceis, rápidas. A sétima é mais difícil: “trazer um coração ainda moço, quente e feliz, arrancado pulsando do peito de um jovem”. Amélia, em desespero, atira-se nas ruas do Rio, entre prostitutas e figuras da noite e, disfarçada entre elas, consegue sua vítima. Mas a vidente, ao saber sua idade, não aceita a prenda: “pedi o coração de um jovem, ainda virgem, um coração que nunca amou. Este não serve, já está estragado”. Amélia quer desistir, mas o feitiço não pode ser mais interrompido sem que uma maldição recaia sobre ela.

Em uma nova tentativa, ela vai parar em um bordel, dirigido por Dona Odete (Rogéria). Ali, o jovem Álvaro (Jonas Hammar) vem conhecer o amor. E sua primeira noite será com Amélia. Mas nas voltas da vida, caminhos se cruzam, as histórias se complicam, e nada sai exatamente do jeito que se quer. Enquanto isso, uma misteriosa velhinha, Senhora A. (Ida Gomes), segue contando para sua enteada a história de Branca de Neve. Uma história que nunca chega ao fim…

 

Temporada 2007  (RJ)

O espetáculo estreou em 1º de setembro de 2007, no Teatro João Caetano (RJ) e foi um dos grandes vencedores do Prêmio Shell de 2007, levando três dos seis prêmios a que concorria: direção (Charles Möeller), figurino (Rita Murtinho) e iluminação (Paulo César Medeiros).

Em 2008, “7” foi consagrado na segunda edição do Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio). O espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho ganhou cinco dos sete prêmios a que concorria: Autor (Charles Möeller), Diretor (Charles Möeller e Claudio Botelho), Figurino (Rita Murtinho), Iluminação (Paulo César Medeiros) e Categoria Especial (Charles Möeller e Claudio Botelho, pela atividade contínua das diferentes modalidades do teatro musical).

A crítica Bárbara Heliodora rasgou elogios ao espetáculo da dupla: “Como sempre as letras de Claudio Botelho são impecáveis para o canto integrado na ação dramática (…) A direção de Charles Möeller conduz bem o elenco numeroso, favorecendo comportamentos de tipo, como requer o texto, e particularmente eficiente nos números de conjunto”.

Temporada 2008 (RJ)

Em 27 de Setembro de 2008, “7 – O Musical” reestreou no Rio, desta vez no Teatro Carlos Gomes, com parte do elenco original e novos nomes (entre eles, Marina Ruy Barbosa, Ivana Domenico e Janaina Azevedo).

No dia 22 de fevereiro de 2009, alguns dias após o término da temporada carioca de “7, a atriz Ida Gomes faleceu em consequência de uma pneumonia. A atriz foi homenageada postumamente na cerimônia de entrega do Prêmio Shell 2009.

Temporada 2009 (SP)

“7“ estreou em São Paulo no dia 17 de abril de 2009,  com novos nomes no elenco e cenas modificadas. A atriz Suzana Faini substituiu Ida Gomes no papel da Sra.A. Já Malu Rodrigues, que havia feito Louise Von Trapp na temporada carioca de “A Noviça Rebelde”, assumiu o papel de Clara, no lugar de Marina Ruy Barbosa.

Do ponto de vista dramatúrgico também houve mudanças. Uma das cenas do espetáculo, a do espelho (o “Coração no Bosque”) foi retirada e o solo de Eliana Pittman, logo no início do segundo ato, foi modificado.

A cena anterior era muito bonita, mas nós já tínhamos vontade de facilitar a vida da plateia e tirar algumas das pistas falsas que poderiam criar confusão para a compreensão do espetáculo. Todo o início do segundo ato até o final da Cena do Bebê, embora tivessem seus méritos, não avançavam a ação em nada, eram apenas uma alegoria antes de entrarmos novamente na história. Então privilegiamos a história e o ato já começa”, explicou o diretor Claudio Botelho.

O fato de fecharmos o primeiro ato com o uivo de Amélia tapando os ouvidos, pois não quer escutar os ecos do seu sortilégio em frente à Sra.A, desesperada por ter entendido seu trágico destino de ter que matar aquilo que ela ama, fazia com que o público fechasse uma parte do quebra-cabeça e saísse no intervalo intrigado com uma sensação de ‘o que é isso?’ Ao voltarmos do intervalo precisávamos esclarecer imediatamente essa questão levantada e não confundir mais. Precisávamos voltar do ponto em que paramos. Era essa a questão principal”, explicou o diretor Möeller.

Acho que tudo que fizemos antes foi, na verdade, uma preparação para chegar a 7- O Musical. É nossa voz, nosso discurso está ali. Outros virão, com certeza, mas por enquanto ele é nosso espetáculo mais importante, porque realmente é nosso em todos os sentidos”, disse Claudio.

 

Ficha Técnica

Texto e Direção:
Charles Möeller

Música:
Ed Motta

Letras:
Claudio Botelho

Direção Musical:
Ed Motta
Claudio Botelho

Supervisão Musical:
Marcelo Castro

Diretoras Assistentes:
Paula Sandroni
Tina Salles

Cenários:
Rogério Falcão

Figurinos:
Rita Murtinho

Visagismo:
Beto Carramanhos

Coreografia:
Renato Vieira

Desenho de Som:
Marcelo Claret

Iluminação:
Paulo César Medeiros

Direção de Produção:
Aniela Jordan
Beatriz Secchin Braga
Monica Athayde Lopes

Elenco Original (Temporada 2007 – Teatro João Caetano – RJ)

Alessandra Maestrini – Amélia
Alessandra Verney – Bianca
Eliana Pittman – Rosa
Gottsha – Elvira
Ida Gomes – Sra. A
Marya Bravo – Madalena
Rogéria – D. Odete
Zezé Motta – Carmem dos Baralhos
Tatih Köhler – Clara
Raul Veiga – Herculano
Jonas Hammar – Álvaro
Cris Penna
Fabrício Negri
Jules Vandystadt
Rodrigo Cirne
Tuto Gonçalves

Elenco Temporada 2008/2009 (Teatro Carlos Gomes – RJ)

Alessandra Maestrini – Amélia
Alessandra Verney – Bianca
Eliana Pittman – Rosa
Janaina Azevedo – Elvira
Ida Gomes / Myriam Thereza – Sra. A
Ivana Domenico – Madalena
Marina Ruy Barbosa – Clara
Rogéria – D. Odete
Zezé Motta – Carmem dos Baralhos
Jarbas Homem de Mello – Herculano
Pedro Sol Blanco – Álvaro
Betto Serrador
Marcel Octávio
Otavio Zobaran
Stein Junior
Tuto Gonçalves

Elenco Temporada SP 2009 (Teatro Sérgio Cardoso)

Alessandra Maestrini – Amélia
Alessandra Verney – Bianca
Eliana Pittman – Rosa
Ivana Domenico – Madalena
Janaina Azevedo / Renata Celidonio – Elvira
Malu Rodrigues – Clara
Rogéria – D. Odete
Suzana Faini – Sra. A
Zezé Motta – Carmem dos Baralhos
Jarbas Homem de Mello – Herculano
Pedro Sol Blanco – Álvaro
Beto Serrador
Daniel Nunes
Marcel Octávio
Otávio Zobaran
Tuto Gonçalves

Músicos:
Alexandre Brasil – baixo
Alex Freitas / Levi Chaves – sax alto
Gabriel Guenther – bateria
Pedro Mibielli / Anderson Pequeno – violino
Thaís Ferreira – violoncelo
Vitor Gonçalves – piano


Números Musicais

Primeiro Ato

ABERTURA
(Carmem, Homens, Elvira, Madalena, Clara)

ELE VAI VOLTAR
(Amélia)

CANÇÃO EM TORNO DO DEFUNTO
(Odete, Elvira, Madalena, Homem do Cinturão)

LEVA ESSA MULHER
(Rosa, Carmem, Amélia)

PRA CASA AGORA EU VOU
(Clara, Homens)

AMIGAS CARTAS
(Amélia, Carmem)

ESFREGANDO O CHÃO
(Madalena, Elvira, Amélia)

SETE PRAGAS
(Madalena, Elvira, Homens)

A CIDADE A SEUS PÉS
(Carmem)

SE ESSA RUA
(Bianca, Herculano, Homens)

AGORA PRA SEMPRE
(Amélia, Álvaro)

FINALE
(Elenco)

 
Segundo Ato

O CORAÇÃO NO BOSQUE
(Clara, Bianca, Homens)

A MADRASTA MÁ
(Clara)

UM BEBÊ NA MINHA PORTA
(Rosa)

OLHA PRA MIM
(Amélia)

OLHA A CUCA
(Herculano)

ELE VAI VOLTAR  (reprise)
(Amélia, Bianca)

MEU PEITO NO SEU
(Sra. A.)


Prêmios:

Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) de Melhor Autor para Charles Möeller
Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) de Melhor Diretor para Charles Möeller e Claudio Botelho
Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) de Melhor Figurino para Rita Murtinho
Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) de Melhor Iluminação para Paulo César Medeiros
Prêmio Shell de Melhor Direção para Charles Möeller
Prêmio Shell de Melhor Figurino para Rita Murtinho
Prêmio Shell de Melhor Iluminação para Paulo Cesar Medeiros